The Leftovers, HBO |
The Leftovers (2013–2017) é uma série estadunidense da HBO com 28 episódios de longa duração. Baseada no livro de mesmo nome, escrito por Tom Perrotta, a história conta sobre o desaparecimento repentino de 2% da população mundial e as consequências que esse ocorrido causou nas pessoas que ficaram, principalmente na família de Kevin, protagonista do seriado.
Não irei dissertar sobre as coisas que acontecem ao decorrer dos episódios, por isso não se preocupe com spoilers.
Primeiras Impressões
Eu comecei a série no dia 20 de março e conclui dez dias depois (dia 30 deste mês) e confesso que foi uma experiência bem intrigante. Não sabia sobre absolutamente nada da obra, assisti somente por influência de comentários nas redes sociais, por exemplo, “Melhor série da década”, “Uma das melhores séries de todos os tempos que ninguém assistiu”, “Deveria ter mais reconhecimento” e etc.
Quando me dei conta sobre o que a história se tratava, no primeiro episódio da primeira temporada, fiquei super interessada e pretendia ver tudo, mas confesso que por o enredo ter um ritmo um tanto lento, não ficava tão animada para assistir, mas estava gostando de acompanhar.
Uma das coisas que mais me encantaram foi a abertura do seriado, principalmente a música feita pelo talentoso Max Richter (mesmo compositor de algumas músicas do seriado Black Mirror, My Brilliant Friend, do filme Ad Astra e entre outros). Eu me apaixonei pela trilha sonora, a grande maioria das composições são encantadoras e combinavam com os momentos da história. Além de até tocar Hozier em um dos episódios!
Outro ponto importante destacar é a atuação do cast, principalmente da Carrie Coon (personagem Nora Durst na série), que roubava toda a cena para ela com seu talento ao expressar tanta emoção! Mas todos estão de parabéns, queria destacar a Carrie por ela interpretar minha personagem favorita. Gostei bastante do Matt também (interpretado pelo Christopher Eccleston, famoso por Doctor Who), ele ficou no posto de personagem favorito por bastante tempo até a Nora ocupar o lugar. O terceiro episódio da temporada 1 é espetacular, foca bastante nele. O sexto da mesma temporada é muito bom também, esse já tem um foco na Nora e há uma das reflexões que eu mais amo no seriado.
Perguntas & Respostas
Agora posso ir para parte que mais queria, as respostas para as minhas perguntas.
No decorrer da obra, o telespectador fica bastante confuso, isso é totalmente normal (assim espero, porque se eu for a única confusa vou me sentir muito burra e solitária). O sujeito tenta compreender os motivos para tudo aquilo que está acontecendo. Porém, simplesmente, não tem as respostas, porque a série não entrega quase nada em nenhum momento. Os próprios personagens ficam tão confusos quanto os telespectadores.
Por isso, quero deixar algo claro, não cometam o mesmo erro que eu: o importante no seriado não são as repostas para as suas perguntas, mas sim, a trajetória na qual os personagens tentam descobrir sobre as pessoas desaparecidas, as consequências disso e como eles mesmos lidam com aquela situação. Além de vários outros acontecimentos bizarros que ocorrem no decorrer da história.
A obra é sobre os que ficam, não os que se foram. Isso é algo bem ressaltado no Making Of da série (que está disponível no Youtube, você pode conferir clicando aqui), recomendo assistir o documentário após finalizar o seriado.
Por fim, quero ressaltar que todas as opiniões são 100% pessoais e sinceras sobre a obra. No geral, eu gostei. É uma boa série e mesmo que eu não carregue um conhecimento rico em técnicas de filmagens, edição e etc, consigo perceber que a série é bem feita nesse sentido, assim como outras obras da emissora. A história é boa, a segunda temporada é a minha favorita e isso não é nenhuma surpresa, já que ela é super elogiada pelo público e a crítica.
No entanto, como sou um ser chato e insatisfeito, eu achei a série apenas boa e nada mais. Não achei tudo isso, não acho que é a melhor série da década ou de todos os tempos. Eu acho uma série ok e ponto final. Assistiria de novo? Não. Recomendaria para algum amigo? Provavelmente não. Mas achei que valeu a pena? Sim, diria que sim.